da janela do hotel
vejo o rio
Una Una negro negro
refletindo verdes
terras canaviais montes
o rio se move
e as águas parecem paradas
passantes ? errantes ?
a água é terra líquida
e o céu não tem
no sol da tarde
o mesmo brilho do seu leito
o rio não passa
não vai a lugar nenhum
o rio fixa-se no corpo da cidade
como um colar
enfeitado pelo seu colo
cobra coleando os limites urbanos
além do tempo
além da vida
(Palmares, 12/maio/2002)
domingo, 7 de novembro de 2010
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