Às vidas de Antonio Olívio,
Israel Semente, Tony Pereira
e Maria Tuê.
A vida não precisa de mortes.
A vida precisa
de estradas longas e sinuosas
que nos levem para Ribeirão
até a presença de Antonio Olívio
e da sua poesia sem idade e sem tempo.
Precisa de paus pedras e pereiras
das águas profundas de Itamaracá
devolvendo à terra
o violão do corpo do seu cantor.
Precisa de bebidas fumos e sementes
não proibidas
com a festa diária
das percussões e pulsações
da música de Israel.
E precisa de uma mulher
ao mesmo tempo
etérea e terrena
como a identidade múltipla
de criação e criatura
pintura de Maria C.
poesia de Maria Tuê.
(Olinda, maio / 2005)