Os dias são de carne e osso.
Figuras desagradáveis
Vazias inexistentes
Paisagem sem vida
Ou uma pessoa tão luminosa
Que desfaz num gesto
A doída desumanidade da semana.
Quando a gente se ama
Uma noite apenas
Vale todos os dias
Do mês perdido
E da agonia das horas
Que move o calendário cotidiano.
(Casa Amarela / Recife,
janeiro 2008)