Dedicado a Sônia,
uma mineira que conheci em São Paulo.
Ele me encontrou no meio da estrada :
Um caminho perdido entre a cidade
E aquele mundaréu de lugar...
As palavras saíam da boca
Do jeito que ele andava
(Atropelada fala).
E chegamos então à casa,
No entranhado do mato,
Uma casa que não era nada,
E dentro dela a mulher e a filha.
Comi a comida pouca
E tão generosas
Bebi a bebida
Água-açúcar-ardente-doce
Beberagem que não tinha na terra
E não chovia do céu
E eu comigo acreditei
Que nada daquilo não existia
(Como se fosse uma fantasia)
E todo inteiro ele tivesse saído
Das veredas de uma página
Do livro de Guimarães Rosa.
(Jardim Atlântico, Olinda /
26 de outubro 2006)
Bela poesia
ResponderExcluirBela poesia
ResponderExcluir