Amanhece no Jardim Atlântico
Um horizonte recortado de edifícios
Figuras geométricas qusse iguais
Engaiolando gentes cotidianos e futuros
Amanhece no Jardim Atlântico
E é difícil ver o sol
Impossível ver o mar
O bairro renasce azuis e vermelhos
Mais vivo como todo amanhecer
E indiferente ao medo e aos assaltos
Que povoaram suas ruas
Na noite anterior
Amanhece no Jardim Atlântico
E não é o mesmo amanhecer sobre Olinda
O bairro não é a cidade
A cidade não é o bairro
E o dia poderá ser tão inútil
Quanto a festa de cores de nuvens de pássaros
Da beleza perdida deste amanhecer
(Jardim Atlântico, Olinda /
6 de junho, 2006)
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