Quem mora no Jardim Atlântico
Mora em Olinda ?
Um bairro de uma cidade
Nem sempre é a cidade.
Em Olinda, o Jardim Atlântico
Não é para os olhos, não é desejo.
Balneário de casas caiadas sem azul
Jardim sem verde colorido de latidos
Apitos destroços idades perdidas e juventude sem flor
O seu mar é quase um rio azedo
E há uma beleza oca e perdida
Nessas ruas avenidas e praças
Onde já foi mata e terra frutífera.
O Jardim não floresce
E o Atlântico está morto
Como um peixe sem águas
Fluviais e oceânicas.
(Jardim Atlântico, Olinda, março / 2005)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJuareiz,
ResponderExcluirDo modo como você faz sobre Jardim Atlântico, torna-se belo e sublime o poeta cantar o seu desencanto. Parabéns.
Os encantos de Olinda morrem na orla, onde se é atropelado por bicicletas, por motos e automóveis dirigidos por psicopatas, mas há, também, as agressões dos próprios caminhantes bem vestidos, que cospem contra o vento e atingem os outros: eu passei por isto. Os encantos de Olinda seguem morrendo ruas a dentro com automóveis na contramão e os buzinaços do dia inteiro, prejudicando os estudos, as leituras, os trabalhos de quem trabalha...
ResponderExcluirEsse poema deveria ser transcrito nos anais da Câmara de Vereadores de Olinda, distribuído porta a porta, recitado nas igrejas cujos sermões já estão tão gastos e quase sempre nada dizem além de só apontarem os dedos para os outros.................
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