Sim, não diga não.
Não diga não nunca jamais.
Deixe a minha mão errante
Chegue entre passeie adiante
Deslize pela tua pele nua
Descubra pousos em tuas reentrâncias
A carne pronta macia veludosa
Doce dádiva tua entrega sem disfarce
Sem recusa acidente qualquer errância
Sem susto na noite nunca distante
Deixe que os meus toques anunciem
E descubram nossos corpos amantes
Sem nenhuma palavra temerosa
Sem nenhuma palavra a mais ou a menos.
Não, não diga nada, meu amor.
(Palmares, 2004)
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