À memória de José Marcolino
e à amizade de Ésio Rafael
Conheci um poeta no Sertão
Que chamava todos os homens
De forma indistinta e aberta
Pura e simplesmente de POETAS.
Não era por conhecer os seus versos
Ou saber que eles se dedicavam à Poesia,
Cantando ou escrevendo todos os dias.
Muitos deles mal falavam
Mal ouviam e sequer escreviam.
Era por considerá-los um igual
- Ele era só um homem
Com a capacidade de fazer versos -,
Idênticos a ele na sua simpleza,
Puros como ele na sua beleza.
Era por saber que a Poesia
Identificava seu nome
Com todos os homens,
Tornava o seu coração
Verdadeiro irmão
De outro coração.
(Palmares, maio/2004)
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